BARRETO COUTINHO
Eu vi minha mãe rezando
aos pés da Virgem Maria:
era uma santa escutando
o que outra santa dizia!
Destino é força que esmaga,
credor austero, tremendo;
manda a conta e a gente paga,
sem saber que está devendo...
Perto, sóis, ao longe, estrelas,
as mães não nos deixam sós:
se vivas, moramos nelas;
se mortas, vivem em nós.
Quando a sorte me arremessa
às mágoas, elas têm fim,
pois minha mãe nunca cessa
de pedir a Deus por mim...
Mãe - alma querida e santa,
astro de divino brilho,
cuja luz a treva espanta
dos dissabores do filho...
Do teu olhar já notei
que até desprezo me vem...
e, apesar disso, não sei
deixar de te querer bem...
Não dês tanto desapreço
a quem tanto te quer bem!...
- Este amor que te ofereço
eu nunca dei a ninguém!
Reencarnação, quem duvida?
Verdade não há mais forte!
Quando a morte extingue a vida,
surge outra vida na morte.
Diz a cabra, dando leite
ao cabrito, o quanto pode:
- Mame, meu filho, aproveite,
enquanto não fica bodeEu vi minha mãe rezando
aos pés da Virgem Maria:
era uma santa escutando
o que outra santa dizia!
Destino é força que esmaga,
credor austero, tremendo;
manda a conta e a gente paga,
sem saber que está devendo...
Perto, sóis, ao longe, estrelas,
as mães não nos deixam sós:
se vivas, moramos nelas;
se mortas, vivem em nós.
Quando a sorte me arremessa
às mágoas, elas têm fim,
pois minha mãe nunca cessa
de pedir a Deus por mim...
Mãe - alma querida e santa,
astro de divino brilho,
cuja luz a treva espanta
dos dissabores do filho...
Do teu olhar já notei
que até desprezo me vem...
e, apesar disso, não sei
deixar de te querer bem...
Não dês tanto desapreço
a quem tanto te quer bem!...
- Este amor que te ofereço
eu nunca dei a ninguém!
Reencarnação, quem duvida?
Verdade não há mais forte!
Quando a morte extingue a vida,
surge outra vida na morte.
Diz a cabra, dando leite
ao cabrito, o quanto pode:
- Mame, meu filho, aproveite,