A MORTE DA JARARACA

A JARARACA CORREU,
PRA MINHA BARRACA E ENTROU.
FIQUEI COM PENA DA COBRA,
QUANDO A MATARAM, COITADA!
TAMBÉM POR QUE A BENDITA,
FOI SE ESCONDER NA BARRACA?
FOI O QUE PENSEI NO MOMENTO,
EM QUE ASSISTI SUA MORTE.
MAS HOJE LAMENTO TANTO...
A SUA FALTA DE SORTE.
COITADA DA POBREZINHA.
NENHUM MAL QUIS NOS FAZER...
LÁ FOI A SUA MORADA,
O INVASOR DO LUGAR, FUI EU!
MAS MEU MEDO FOI MAIOR...
A JARARACA MORREU.


Arlete klens


Coitada da jararaca,
maldita foi,sim, sua sorte:
Deu de cara com a morte
Embaixo de uma barraca.
Embora em seu habitat,
Nem assim ela escapou,
E morreu porque entrou
Onde não devia entrar.
Assim findam os animais,
Sempre no encontro com gente.
Desta vez foi a serpente,
Amanhã morrerão mais.
Inda bem que tal lamenta
A trovadora estimada,
Cuja má sorte, coitada,
Uniu-a com a peçonhenta.
Ela até se confessa
Invasora do lugar,
Visto que foi acampar
Onde tem cobras à beça.
Seu medo maior se deu
Com a bicha corredeira,
Mas, na dita desgraceira,
Foi a cobra quem morreu.


Waldy Würdig

(Obrigado pela Interação)

 
ARLETE KLENS
Enviado por ARLETE KLENS em 18/11/2013
Reeditado em 28/03/2014
Código do texto: T4575799
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