Nada me contém
Te vejo pela nuvem
Me invento como um vapor
Entrego-me à vertigem
Me elevo por teu calor
Nebulo minha origem
Esfumaço o teu censor
Da sina não sou refém
Nem me sento no andor
Valho talvez um vintém
Não resisto ao amor
Nada, nada me contém
Me derreto em langor
Sente a chuva que vem?
Sou eu e o meu ardor.
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