MULATA.

Passa por mim todo dia,

Fingindo não me olhar,

Mas percebo a alegria,

No seu jeito de andar.

Vem com se nada quer,

De um modo disfarçado,

Mas no andar de mulher,

Não disfarça o rebolado.

No balançar das cadeiras,

Deixa-me todo sem jeito,

Só me faz pensar asneiras,

Naquele corpo bem feito.

Esses cabelos compridos,

Os teus ombros a cobrir,

Perco-me nos coloridos,

Desses teus lábios sorrir.

Quando sacode os cabelos,

Parecendo me acenar,

Ah! Como gosto de vê-los,

Sob ao vento a balançar.

Mulata o teu bronzeado,

Faz cansar o meu olhar,

Sinto-me hipnotizado,

Quando a te contemplar.

Cosme B Araújo.

07/11/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 07/11/2013
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