LUAS DE AJURUTEUA - CANTO Nº 14
SAUDADE ATEMPORAL
Não sei mais da tua boca,
nem da tua imagem nua,
teu sorriso muito menos,
mas a vida continua
LUZ E MOROSIDADE
O sol se deita nas telhas
das casas do arrabalde,
vem chegando meio-dia,
luz e morosidade.
AI DE TI, AMAZÔNIA!
Eu que nasci na Amazônia
já nem mais a reconheço,
descaso, destruição...
tudo virado do avesso.
A MADRUGADA NAS PRAIAS DESERTAS
Nascendo no horizonte
por sobre o lombo do mar
a lua surge imponente,
praias desertas e luar.
POESIA RIBEIRINHA
Anoitece na floresta,
sombras pelos caminhos,
o silêncio toma conta
dos casebres ribeirinhos.