LUAS DE AJURUTEUA - CANTO Nº 14

SAUDADE ATEMPORAL

Não sei mais da tua boca,

nem da tua imagem nua,

teu sorriso muito menos,

mas a vida continua

LUZ E MOROSIDADE

O sol se deita nas telhas

das casas do arrabalde,

vem chegando meio-dia,

luz e morosidade.

AI DE TI, AMAZÔNIA!

Eu que nasci na Amazônia

já nem mais a reconheço,

descaso, destruição...

tudo virado do avesso.

A MADRUGADA NAS PRAIAS DESERTAS

Nascendo no horizonte

por sobre o lombo do mar

a lua surge imponente,

praias desertas e luar.

POESIA RIBEIRINHA

Anoitece na floresta,

sombras pelos caminhos,

o silêncio toma conta

dos casebres ribeirinhos.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 04/11/2013
Reeditado em 04/11/2013
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