Eu era...

Era eu simples carpinteiro
que o dia começava 
serrando e encaixando
com mãos rudes
peças de madeira.
Eu era um carpinteiro 
que lavrava
em enxó
rudes peças 
que o tempo esquecera
num canto só. 
Era carpinteiro
que ouvia 
o som do serrote 
e do martelo batendo
ao meio dia. 
Eu era carpinteiro 
que servia 
à madeira
e a quem quer que pedia.
Não sou mais carpinteiro 
de serrote ou de enxó.
Hoje sou aventureiro.
Dedilho meus dedos 
sobre teclas
e o mundo inteiro 
se abre aos meus olhos. 

 
Roberto Gonçalves

 
RG
Enviado por RG em 10/09/2013
Reeditado em 28/12/2014
Código do texto: T4475888
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