“Esperança”
(Luiz Henrique)

Deixo aberta, escancarada
As portas do meu coração
E tu nunca percebes nada
Faz todo meu esforço vão

Tem sido assim há tempos
Navego no mar da paixão
Calmaria de poucos ventos
Solitários: Eu e o timão

Mas não perco a esperança
De um dia você me enxergar
Quem espera sempre alcança
Hei de um dia te conquistar

Fincar mastro e bandeira
Fazer de nós dois um inteiro
Amante, cúmplice e parceira
Do teu corpo e alma posseiro

Mas isso tudo é um sonho
E por isso, talvez, irrealizável
Sequer percebes, suponho
Pra você, a relação é amigável

Um dia supero o abestado receio
Declaro expressamente, sem pudor
Que desta antiga amizade adveio
Unilateral, secreto e silente Amor