Como quem orienta.

A lua cheia no alto do céu

Tal qual uma obra feita a pincel

Pelas Divinas mãos do arquiteto Supremo

Com diz a canção;parece um sol de prata

Deixando azulado o verde claro da mata

Sublime mistério que não entendemos.

Essa lua que um dia já foi dos namorados

E de tantos sonhos e momentos encantados

Na pacata e singela vida de um seresteiro

Uma lua que já me assistiu curtindo paixão

Iluminando duas lagrimas brotadas do coração

Por uma linda e meiga italianinha faceira.

Tambem já me viu sofrendo escrever no sereno

Tendando entender e narrar o mais doce veneno

De dois olhos azuis como o firmamento que a ostenta

Já me acompanhou quando fui pra casa chorando

E o meu sincero amor só a ela eu ia declarando

A voce lua em silencio e vigilante como quem orienta.

É a lua da minha meninice, a tenra e doce idade

Um tempo tão bom porque não sabia o que era saudade

Meiga companheira da minha juventude saudosa

Ingenuamente aprendendo sobre o amor e carinho

Os primeiros desentendimentos com o cruel espinho

Quando almejava o perfume suave de uma bela rosa.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 05/04/2007
Código do texto: T438132
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.