Sonho de Caipira

Num vasto pedaço de terra, vai vagando um caipira, meio assustado e ressabiado com as histórias daquela região, seu nome era José e vivia com sua esposa Luzia nas vastas terras de Minas Gerais, seu José era trabalhador rural desde criança seguia o destino do seu pai, que era um dos mais renomados lavradores da região.

Seu José trabalhou com seu pai desde os doze anos, ajudando a tocar o gado e tratar das plantações, quando completou dezenove anos decidiu sair desta vida, o pequeno José sonhava em ser um grande poeta, e queria então contar o que viveu até esse ponto, e expor um pouco da história da sua família, mas quando seu pai ficou sabendo de sua ideia, não ficou nada satisfeito, pois, não queria que sua família fosse exposta, porque seu João ou “Jão” como chamava carinhosamente seu pai, conhecia muito bem este velho mundo onde até então morava por sessenta e sete anos nele.

Seu João disse a José...

- Neste mundo, existe pessoas que vão querer te ajudar, e elas não são poucas dizendo que é seu amigo, prometendo coisas que não irão cumprir, tudo as custas do dinheiro...

- Mas, pai eu não vou deixar ninguém me enganar, eu não sou bobo eu sei com o que estou lidando – disse José.

Depois de uma conversa muito longa com seu pai, José resolveu sair para arrumar emprego na cidade e seguir os seus sonhos, no fim da conversa seu pai disse que se ele precisa-se de ajuda ele sempre estaria ali ao seu lado. Mal sabia José, que seu futuro estaria traçado de uma forma bem cruel, sem o progresso na cidade ele resolveu voltar para casa, e percebeu que seu pai não estava bem de saúde, então, como todo bom caipira ele resolveu aprender a tocar algum instrumento, no seu caso seria então uma viola caipira, que havia ganhado de seu pai a três anos atrás.

Resolveu tocar na cidade para garantir alguns tostões, em um certo tempo conseguiu um bom dinheiro para salvar seu pai da morte, pois, tinha problemas pulmonares por conta do fumo. O seu José resolveu sair para procurar emprego na cidade novamente, mas desta vez ele conseguiu um emprego não muito bom mas que era digno, no entanto ele poderia continuar a ser violeiro, já que ele tinha dons poéticos e trovadores, mas resolveu seguir outra profissão, e a viola porém, era só tocada em família e nada de mais, segundo o que ele diz: “Não é preciso dinheiro para se ter amor, mas para ser um poeta não precisa ser doutor”, com essas palavras seu José ia levando a vida na roça com seus filhos, que também tinham o mesmo dom que o pai, com muita facilidade em tocar instrumentos de corda assim como viola, violão, cavaquinho, entre outros.

Os filhos carregavam a ideia do pai, que era ter uma vida justa digna, e sem aproveitar de ninguém.

IPinatti
Enviado por IPinatti em 27/05/2013
Reeditado em 19/04/2014
Código do texto: T4311589
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