A VIDA
Incontestável candieiro, recoberto de recônditos absurdos e subversivos. Tremula ofegante o afã do andarilho contido. Sobrepõe-se na mais turva relva, contraste da servidão.
Capacidade suporada, furada, ferida e acabada de sórdidos e desnudos párias!
Salta-se a raiz da dúvida, a anuência da pureza, sub-produto da opressão.
Enquanto isto, já se dizia:
“se falas por ignorância, perdoar-te-ei, mas se falaz para usufruir da minha alta prosopopéia, dar-te-ei tamanha chibatada no alto da tua sinagoga, dividindo assim a sua massa cefálica, em diversas partículas cadavéricas submissas ao solo”
E ainda por contrito, se esbraveja:
“desconjuro jaburu, desembaça, desembaça, sai sai jacaré, vai pra fora murissoca, cruz credo!!”
E, quando em meio a tantos acalantos, desencontrados e solitários, inebriante amargor da sub-condição, explorada pela sutileza da suposta razão, inerente ao ser,
entenebrecidos e incansavelmente desencontrados estímulos não sincronizados, misturados a imensa não racionalização da alma, se esmiuçam de contraditos imperfeitos.
Em nossa condição, descompassada, anacrônica e inativa de ilusões, se desprende a razão, de quem se imagina puramente apto para qualquer coisa.
Mas, a destarte de tudo que macula a leveza do ser, se funde em devaneios, principalmente uma coisa: A VIDA!