A VIDA

Incontestável candieiro, recoberto de recônditos absurdos e subversivos. Tremula ofegante o afã do andarilho contido. Sobrepõe-se na mais turva relva, contraste da servidão.

Capacidade suporada, furada, ferida e acabada de sórdidos e desnudos párias!

Salta-se a raiz da dúvida, a anuência da pureza, sub-produto da opressão.

Enquanto isto, já se dizia:

“se falas por ignorância, perdoar-te-ei, mas se falaz para usufruir da minha alta prosopopéia, dar-te-ei tamanha chibatada no alto da tua sinagoga, dividindo assim a sua massa cefálica, em diversas partículas cadavéricas submissas ao solo”

E ainda por contrito, se esbraveja:

“desconjuro jaburu, desembaça, desembaça, sai sai jacaré, vai pra fora murissoca, cruz credo!!”

E, quando em meio a tantos acalantos, desencontrados e solitários, inebriante amargor da sub-condição, explorada pela sutileza da suposta razão, inerente ao ser,

entenebrecidos e incansavelmente desencontrados estímulos não sincronizados, misturados a imensa não racionalização da alma, se esmiuçam de contraditos imperfeitos.

Em nossa condição, descompassada, anacrônica e inativa de ilusões, se desprende a razão, de quem se imagina puramente apto para qualquer coisa.

Mas, a destarte de tudo que macula a leveza do ser, se funde em devaneios, principalmente uma coisa: A VIDA!

misael
Enviado por misael em 27/03/2007
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