A LENDA DO AMOR
I
Numa noite enluarada
De rio calmo e cristalino...
A menina acreditava
Comandar o seu destino!
II
Tez desnuda no riacho
Emoção de adolescente...
Seu pedido improvisado
Desceu na estrela cadente.
III
Um amor fantasiado
Mergulhou tão de repente,
Mal deu tempo de tocá-lo...
Prometia ser pra sempre.
IV
A menina então sonhava
Ter no amor um aliado,
Mas tão logo despertava
Preferiu não ter amado.
V
Na sua tenra ilusão
Ele nunca iria embora...
Mas às margens deste rio
Submerge o amor que aflora.
VI
E as águas do riacho
Que carregam seu lamento,
Não afundam a velha estória
Que ecoa aos quatro ventos:
VII
-Foi o Boto, foi o Boto!
A menina assusta e cora...
-Foi o Boto lá do rio!
“MAIS UM Boto Cor-de-Rosa”.
Aos "botos" da vida da gente...
SP,26-06-2004