OS RATINHOS (once upon a time)
Era um beco sem saída
Dum porão que escureceu...
Sem ter porta nem guarita!
Nada ali se socorreu.
Uma página esquecida...
De vontade abandonada,
Subsolo da guarida
Só crescia a ratarada!
Pelas ruas tão sofridas
Sofrimento se estendeu...
O alimento?- eram as feridas!
Que o rato, então, roeu.
Tudo parecia ouro...
Quando o pó se levantou!
Mas o falso do tesouro
Ninguém nunca enxergou.
"Quem mexeu no meu queijinho?"
Alguém logo perguntou!
O verdadeiro contexto
Nem sequer se cogitou.
Os ratinhos atordoados
Pelo beco farejavam
A procura do pedaço...
Do seu queijo embolorado.
Once upon pelo time...
O telhado então ruiu:
E o queijo tão sonhado,
Como a casa...só caiu!
Todos a postos...em fileiras!
A batuta ameaçada
Desarmaram a ratoeira
Para a fuga planejada.
Once upon...sem ter time!
A verdade os engoliu,
E o beco pulverizado
Perdeu o queijo...sem ter brio.
Hoje a página nem se lembra
Do que ali aconteceu...
Só há um rastro de azedume
Do que ali apodreceu.