Gaúcho desde nascença
Eu não nasci campeiro
Mas amo minha tradição
Não nasci gaúcho bagual
Mas trago o Rio Grande no coração
Como um ginete em seu tordilho
Tropeio pela querência das canções
Taura desde nascença, amante dessa querência
Te amo, doce rincão
Suas músicas e sua cultura
Em minhas veias frouxou o garrão
Mais rápido que um minuano
Desde os noves anos
Trago como mala de garupa no coração
Maragato e ximango
Que a vida me dê de mango
Se eu um dia deixar de ser gaúcho na alma
Do amargo chimarrão, da gaita e do fogo de chão
Tudo isso me dá saudade, tudo isso me tira a calma
Deixei a sanga e fui pra cidade
Onde morro de saudade
Onde nunca mais ouvi o cincero
Perdi um pouco da vida
Estou sendo muito verdadeiro
Bagual sem estrebaria
Não aceito esse selim
A vida me pôs um freio,
Ainda não é o fim
Pátria gaúcha te rendo essa homenagem
Em memória dos amigos nascido nessa querência
Dentro do peito escancarado
Um grito ao meu Rio Grande
Nos meus versos improvisados
Gaúcho desde nascença