A SECA NO MEU SERTÃO
De azul intenso o céu se tinge
Se perdendo na imensidão
Ficando mais longe a esperança
De ver chover no sertão.
É a seca mais cruel
Que já se viu por aqui
O gado morrendo de sede
Coisa triste nunca vi.
Os nossos açudes secaram
Os nossos rios também
A Embasa já fecha suas portas
O povo dizendo amém.
O nosso tanque grande
Da cidade cartão postal
Se vê as pedras já nuas
Suas águas estão no final.
As rezas e orações
Se elevam ao céu em clamor
Pedindo clemência a Jesus
Nosso Deus e salvador.
Autoridades competentes
Não buscam uma solução
Não cumprem o que prometem
Em época de eleição.
Tem casas com reservatórios
Nem vêm a necessidade
Do povo humilhado sofrido
Aqui da nossa cidade.
Por isso digo meu povo
Sertanejo é cabra forte
Luta com garra e coragem
Até que chegue a morte.