TARDE TRISTE
Uma tarde docemente triste,
Cinzenta qual a saudade
Uma saudade que resiste
A toda e qualquer tempestade.
Ela dói nos fere a alma
Refloresce a cada instante,
Às vezes o cantar me acalma
Fica menos angustiante.
Se soubesse a tal saudade
O quanto fere e machuca,
Seria feito esta tarde
Só orvalhada de chuva...
E ao romper da aurora
Novamente ensolarada
Esqueceríamos as horas,
Prosseguiríamos deitadas...
Já que a saudade perturba
Nós a faríamos dormir,
Ao sol pediríamos ajuda
Para com ela sumir.
Pois ela é mais insistente
Nas tardes assim cinzentas
Parece até consistente
E a gente só se lamenta.