O coração vai sair da trincheira.

Uma saudade bem assustada

Num cantinho do meu coração

Encilhidinha tremula agachada

De mãos dadas com a solidão.

É a saudade da infancia

Saudade da primeira paixão

Tambem saudade da estancia

E da juventude em botão.

Saudade daqueles olhos azuis

Que tão longe de mim ficou

Saudade de promessas que propus

E só por orgulho ela não aceitou.

Saudade de um jardim florido

Onde juras de amor foram feitas

Saudade de um bem querer esquecido

Que deixou uma cicatriz no meu peito.

Ó saudade levanta a cabeça

E ve se olha um pouco pra frente

E por favor o passado esqueça

Tenta ser um pouco mais coerente.

O que ficou no passado não volta

Desocupa agora este meu coração

Pois o futuro pra ele é o que importa

E quando sair leve contigo a solidão.

Voces formam uma dupla trapaceira

E querem que este drama seja eterno

Este coração vai sair da trincheira

E despachar voces duas pro inferno.

Pode acreditar que não é por maldade

Mas simplesmente uma mudança nos planos

Cançado de ser escravo da solidão e saudade

Quer desvencilhar desse tosco e cruel desengano.

Vai abrir as janelas e limpar bem a casa

E colocar flores novas nos vasos

Expulsando tudo o que fere e arrasa

Escrever nova história deixar de fora velhos casos

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 18/03/2007
Código do texto: T416695
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.