Taciturno
Corrente amena que pede passagem
A cadeira balança e o velho dorme
Observado pela silenciosa paisagem
Com olhos cerrados e um sonho enorme
Um menino aparece na porta da frente
Olha pras aves costurando o infinito
O velho acorda num susto de repente
Dentro dele, explode. Como tudo é bonito...
Na noite o tempo volta quatro eras
Preto e branco, só o fogo tem cor.
E o relento campestre traz as quimeras
O bule apita, silêncio, enfado e dor.
Hoje procrastinou o manso auroreal
O menino caminha na estrada de pó
A lua regerá o seu eminente funeral
Dorme ancião. Hoje a casa acorda só.
O Ancião 15/02/2013