Um distribuidor de carinho.
Sou o fio da navalha
Uma manhã de serração
Sou o peito que não falha
Ao entoar uma canção.
Sou um sincerro de bronze
Que serve pra guiar a tropa
Das doze badaladas sou a onze
Sou quem qualquer desafio topa.
Sou um pardal na ventania
Um pequeno colibri no deserto
Sou o clarear do novo dia
Eu sou o socorro mais perto.
Sou o espinho da roseira
Uma enorme metamorfose
Sou o decive da ladeira
Uma pequena e amarga dose.
Sou o verde da pastagem
Uma pedra grande no caminho
Sou o mister homenagem
Um distribuidor de carinho.