Isso adentra a madrugada.
A dama da noite perfuma
A noite serena e calma
Não será essa mais uma
A judiar da minha alma.
Quero somente entender
Que essa guria não sumiu
Muito breve vai reaparecer
Mas crer nisso é um desafio.
Esse perfume me embriaga
E assim faz chover lembrança
Ao mesmo tempo que afaga
Esse meu meigo lado criança.
Onde a ingenuidade comanda
Vai me obrigando acreditar
Numa cantiga de ciranda
Que nunca mais vai voltar.
Flor miuda branca como grinalda
E um doce perfume exalando
Isso adentra a madrugada
Onde acordado sigo sonhando.