O interrogatório.

O sonho que tive esta noite

Me deixou um tanto invocado

Até parecia não ter mais fim

Um epsódio não muito engraçado.

Sonhei que um passarinho verde

Camuflado entre as folhagens

Procurava me chamar a atenção

Trazendo no bico uma mensagem.

Era uma carta endereçada a mim

Enviada pela delegacia de Contagem

Como em sonho tudo é muito rapido

Imediatamente eu já estava de viagem

Me vi sentado diante de uma mesa

Do outro lado um sujeito mal encarado

Que sem ao menos me cumprimentar

Foi dizendo com aspereza e alto brado.

Eu estou aqui para o bem estar da cidade

Da qual com orgulho eu sou o delegado

E pela autoridade a mim conferida

Por mim o senhor vai ser interrogado.

Pensei comigo a coisa deve ser bem grave

Meu Deus o que foi que eu fiz enfim

Pois conheço até bem os mineiros

Mas nunca tinha visto um bravo assim.

Convocou um escrivão bem carrancudo

E me disse só respostas convincente eu peço

Fui informado que o senhor foi visto na cidade

Lá pras bandas da vila novo progresso.

Há sim bem aliviado e contente lhe disse

Estava só tentando entregar um recado

Por uma cusa sera o senhor um carteiro>

Me perguntou o sujeito ainda mais indignado.

Respondi então pausadamente não senhor

Por essa resposta a sua situação se complica

Escrivão escreva ai com letras maiusculas

A primeira resposta dele nada justifica.

Nesse momento entra dois soldados

Bem maiores que o delegado e o escrivão

Bateram continencia e descançaram

Ficando ali atentos e de prontidão.

Quando ia reiniciar o interrogatório

Eis que aconteceu algo bem inusitado

O relinchar e o trotear de um cavalo

Pelo jeito parecia bastante apressado.

E eu ali um tanto indeciso e perplexo

Alheio a culpa que a mim impeseram

Silencia então o trote do cavalo

E um silencio tão profundo fizeram.

Então eu ouvi alguem alterado dizendo

Por favor senhora não é permitido entrar ai

Passos firmes no longo corredor

Sem que nada ou ninguem a detivesse

Eu senti que parou a poucos metros de mim.

Meus algoses então se entreolharam

Vi que ficou meio tenso o ambiente

E ai uma voz feminina disse com autoridade

Voces não estão pretendendo me ver descontente.

Sentia que era conhcida aquela voz

O meu coração ficou gelado e inerte

E pra completar o que eu suspeitava

Ela disse este cidadão é meu amigo

Por isso eu ordeno que agora o liberte.

Fiquei feliz não só pela liberdade

Mas porque achei que ia conhece-la

E quando virei para traz eu acordei

Ouvi o trotear do cavalo que levava a estrela.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 13/03/2007
Reeditado em 13/03/2007
Código do texto: T411164
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