Lavar o rosto na mina.
Se eu pudesse voltar
Lá pro recanto onde nasci
Eu deixaria de pensar
A saudade que aqui vivi.
Lá tem borboletas e flores
E uma paz serena sem igual
Longe do barulho dos motores
Que pra mim nada tem de especial.
Tem o canto do sabiá
O João de barro na paineira
Eu quero muito voltar pra lá
Viver lá minha hora derradeira.
Lavar o rosto na mina
Assim que o dia clarear
Sair em meio a neblina
Ouvindo a siriema cantar.
Enquanto lá no curral
O mugir tranquilo do gado
Cena corriqueira matinal
Com a qual tenho muito sonhado.