LÁGRIMAS DE SERTANEJO.
Choro triste quando vejo,
Essa seca em meu sertão,
E os meus olhos marejo,
Me aperta o coração.
Vejo criação morrendo,
Quando seca a plantação,
E sertanejo sofrendo,
Não quer deixar seu torrão.
Clamando o auxilio divino,
Pede o sertanejo em pranto,
Se muda qual peregrino,
Deixa seu humilde canto.
Lágriamas lhe molham o rosto,
Num sofrer que não lhe deixa,
Em lamentos de desgostos,
Demonstra a Deus suas queixas.
Mas uma coisa o alimenta,
Sua minguada esperança,
Quando as núvens sinzentas,
Lembram-lhe tempos de bonanças.
Então sertanejo triste,
Sente brotar-lhe a alegria,
Pra ele o melhor que existe,
Se encher de nostaugia.
Quando ver chuva caindo,
De verde se faz as matas,
Olha pro tempo sorrindo,
Pensando em barrigas fartas.
Cosme B Araujo.
23/01/2013.