Um lobo pisando em brasa.
Desgarrado da alcatéia
Esse lobo solitário
Uivando suas idéias
Pensando a lua no cenário.
Companheiro da coruja
Que quebra o silencio da noite
Esperando que o sol surja
E sai de cena o açoite.
Da saudade que judia
Repetindo o nome dela
Como uma doce melodia
De uma canção meiga e bela.
Que embriaga esse lobo
E o seu ego desnorteia
E fica tal qual um bobo
Uivando sem a lua cheia.
A imaginação cria asa
O coração fica agitado
É um lobo pisando em brasa
Convicto de que está apaixonado.