Quem não tem prata nem ouro.

Sou a centelha que apaga

Sou o pouco,quase nada

A brisa mansa que afaga

A solidão na madrugada.

Sou uma petála caida

Atacada pelo vendaval

Sou uma opção sugerida

Sou o valor de um pardal.

Sou só algo insignificante

Com o qual ninguem preocupa

Sou aquele ser inconstante

Que vive pedindo desculpa.

Sou um coração dolorido

Sou quem nasceu pra agradecer

Algo pequeno num canto esquecido

Com a esperança de alguem me ver.

Sou um pequenino besouro

Que o predador ainda não viu

Quem não tem prata nem ouro

Mas da luta ainda não desistiu.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 12/12/2012
Código do texto: T4032551
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