Quem não tem prata nem ouro.
Sou a centelha que apaga
Sou o pouco,quase nada
A brisa mansa que afaga
A solidão na madrugada.
Sou uma petála caida
Atacada pelo vendaval
Sou uma opção sugerida
Sou o valor de um pardal.
Sou só algo insignificante
Com o qual ninguem preocupa
Sou aquele ser inconstante
Que vive pedindo desculpa.
Sou um coração dolorido
Sou quem nasceu pra agradecer
Algo pequeno num canto esquecido
Com a esperança de alguem me ver.
Sou um pequenino besouro
Que o predador ainda não viu
Quem não tem prata nem ouro
Mas da luta ainda não desistiu.