Um brinde.
Vou escrever para as pedras do campo
E as abelhas que fabricam o mel
As borboletas e um pirilampo
E os curiangos voando ao léu.
As formigas que trabalham
Armazenando seus alimentos
Harmonias que nunca falham
Num conjunto de conhecimentos.
Escrevrei a todas as corujas
E ao tão silencioso urutau
Ao pardal que não bebe agua suja
Ao bem-te-vi e o charmoso pica-pau.
Tambem pra relva molhada
Que o sereno da noite umideceu
E a suave brisa da madrugada
Um brinde que o rosto recebeu.
A um riacho que serpenteia
Coratando a verdejante campina
As ondas se quebrando na areia
A manhã fria,com vento e neblina.