Me ordenando ficar calado.

Chuva branca entre a folhagem

Bem no finalzinho da tarde

Deixando mais bela a paisagem

Uma dor fininha o meu peito invade.

Queria que fosse diferente

Voltasse a ser como outrora

Mas o verso brota da mente

Comandado por um coração que chora.

Um bem-te-vi observa a piscina

Eu goticulas no vidro da janela

O canto de um sabiá determina

Que agora eu me lembre dela.

Daqui a pouco anoitece

E tudo em mim então se agita

Lagrimas meu semblante entristece

Dentro do peito um silencio grita.

A natureza parece que procura

Um lugar para o merecido repouso

E eu procurando tanto a ternura

Para esse meu coração ansioso.

Que tem pela frente uma longa noite

E acredito,com sonhos conturbados

Ouvindo os estalos de um açoite

Me ordenando ficar calado.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 24/10/2012
Código do texto: T3950110
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