No rodapé do estatuto.
Sou a copa de um pinheiro
Onde um pintassilgo canta
Sou um trovador brasileiro
Admiro o jeitão de uma anta.
Sou um caiçara que almeja
O sol brilhando na praia
A persepção que fareja
O odor da maracutaia.
Sou uma jararaca pedindo
Por favor,pra não ser morta
O botão da flor amarela abrindo
Sou a borboleta pousada na porta.
Sou um grande admirador
Da camponesa mais bela
Quem procura antídoto pra dor
De uma paixão e sua sequela.
Sou o facão na cintura
De um caipira matuto
Sou a tinta da assinatura
No rodapé do estatuto.