No rodapé do estatuto.

Sou a copa de um pinheiro

Onde um pintassilgo canta

Sou um trovador brasileiro

Admiro o jeitão de uma anta.

Sou um caiçara que almeja

O sol brilhando na praia

A persepção que fareja

O odor da maracutaia.

Sou uma jararaca pedindo

Por favor,pra não ser morta

O botão da flor amarela abrindo

Sou a borboleta pousada na porta.

Sou um grande admirador

Da camponesa mais bela

Quem procura antídoto pra dor

De uma paixão e sua sequela.

Sou o facão na cintura

De um caipira matuto

Sou a tinta da assinatura

No rodapé do estatuto.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 19/10/2012
Código do texto: T3941629
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