Como é duro esperar,
tudo que necessitamos,
mais parece não passar,
e com angustia ficamos.

A justiça que não anda,
com a pressa que queremos,
mais parece uma ciranda,
que não chega aos extremos.

Só para desarquivar,
leva um tempo colossal,
já estou a esperar,
será que sai pro Natal?

Outra espera horrível,
está na minha visão,
diagnóstico infalível,
não tenha reprovação.

Vejo duplo há um mês,
e espero pela cura,
não quero ficar freguês,
de toda esta loucura.

Engalilhando negócio,
espera gera angustia,
os papeis providencio,
mas deixa muita agonia.

Entretanto a espera,
da mãe que engravidou,
mais parece primavera,
cujo tempo encantou.

Sublime maternidade,
onde amor prepondera,
do Senhor a caridade,
que o tempo não exaspera.