Sutiã de seda.
Sou uma pedra vermelha
A imitação de um rubí
Uma fagulha uma centelha
A destreza de um lambari.
Sou o fruto do teu desprezo
Alguem que gosta de ti
Sou a unidade do peso
A agilidade de um colibri.
Sou uma espora de prata
Que desconhece a piedade
Sou o selo de uma carta
Que leva morte a saudade.
Sou o brilho de um anel
Na mão esquerda da moça
O vinho de um velho tonel
Que agrada sem fazer força.
Sou um sutiã de seda
Orgulhoso pela missão
Sou a neblina na alameda
Numa manhã de cerração.