O julgamento do século,
não está me convencendo,
de teatrinho lhe rotulo,
pelo que andam fazendo.

Palavras do relator,
de não fazer vista grossa,
do processo, o teor,
isto ele não endossa.

O revisor se defende,
fingindo-se agredido,
o relator se ofende,
e o voto é mantido.

Um ministro do supremo,
ser cobrado por lisura,
faz-nos chegar ao extremo,
da vergonha que se apura.

Vai passar a eleição,
o que será uma pena,
e o tal do mensalão,
vira pizza obscena.

Alguém será condenado,
para dar satisfação,
pra câmara ou senado,
não mais meterem a mão.

O supremo tribunal,
cozinhou por muito tempo,
de presente de Natal,
não vão ter é contratempo.

Toda a magistratura,
vai ficar envergonhada,
se não mudar a postura,
da justiça aleijada.

E o maior dos culpados,
vai sair inocentado,
o pudor achincalhado,
o  caráter arranhado.

Desculpem-me a franqueza,
mas não consigo calar,
é grande minha tristeza,
de justiça, só sonhar.

Mas na justiça Divina,
a culpa é apurada,
e de forma cristalina,
cobrança é ordenada.