O perfume que anuncia.
Sou o silencio que grita
Ecoando na campina
Sou o vento que agita
Uma palavra que ensina.
Sou a pedra do caminho
A petála caida ao chão
A ponta aguda do espinho
Sou a vóz forte da razão.
Sou o perfume que anuncia
A primavera chegando
So a semente da melancia
Um lobo triste uivando.
Sou a viola companheira
De sertão muito entendida
Sou a gota derradeira
Uma folha seca caida.
Sou um lobo sonolento
Depois que a lua foi embora
Sou a foto do documento
Sou um pedinte que implora.