REVOADA
I
Andorinha, andorinha...
Tu perdeste o teu verão!
Voas baixo ao relento,
Rumo à tua imensidão.
II
Andorinha, andorinha...
Tu preferes a solidão?
Cambaleias contra o vento...
Para quê sofrer em vão?
III
Ver-te ao longe tão sozinha
Ao cair da escuridão ...
É tão triste, andorinha!
Faz doer-me o coração!
IV
Eu te vejo andorinha
Do teu bando desgarrada,
Logo eu quero tão somente
Que alcances outra alvorada.
V
Voa alto no horizonte!
Rumo ao teu sonho profundo...
De bater em revoada
Para longe deste mundo.
"Poema Integrante da Antologia Literária SOBRAMES/SP,09-08-2004