Tela, poetisa Ângela Rolim
BAÚ DE TROVAS
[LXXXIII]
1 AMOR
Por não ser religião,
mas bem, com sublimidade,
o Amor é libertação,
supremo bem, na verdade.
2 GABOLICE
Percebo na gabolice
bravata muito sem gosto;
jacta-se em fanfarronice
quem tem máscara no rosto.
3 LIBERDADE
De tudo o que se tem dito
a favor da liberdade,
nada vai ao veredito
do bem que traz, em verdade.
4 SAUDADE
Dói (como dor) a saudade
que se tem do ser amado
e, pior, se nos invade,
por o não termos ao lado.
5 SOLIDÃO
Sozinho, ando na boa;
em solidão, entretanto,
até querer-te me enjoa,
por te não ter no meu canto.
Fort., 17/07/2012.
BAÚ DE TROVAS
[LXXXIII]
1 AMOR
Por não ser religião,
mas bem, com sublimidade,
o Amor é libertação,
supremo bem, na verdade.
2 GABOLICE
Percebo na gabolice
bravata muito sem gosto;
jacta-se em fanfarronice
quem tem máscara no rosto.
3 LIBERDADE
De tudo o que se tem dito
a favor da liberdade,
nada vai ao veredito
do bem que traz, em verdade.
4 SAUDADE
Dói (como dor) a saudade
que se tem do ser amado
e, pior, se nos invade,
por o não termos ao lado.
5 SOLIDÃO
Sozinho, ando na boa;
em solidão, entretanto,
até querer-te me enjoa,
por te não ter no meu canto.
Fort., 17/07/2012.