O sonho de mil prazeres.
Sou a petála de uma flor
Que foi levada pelo vento
Sou o carinho sou o amor
Sou um colibri ciumento.
Sou o badalar de um sino
Anunciando a Ave Maria
Sou um coração tão menino
Que aprendeu fazer poesia.
Sou toda a prata da lua
Nas campina derramada
Sou a saudade que atua
Com sua indole malvada.
Sou o rabisco que traduz
Um turbilhão de dizeres
Sou o final do tunel sem luz
E o sonho de mil prazeres.
Sou a pena do passáro
Caida lá no capim
Sou a morada do acáro
A cigarra no pé de jasmim.
Sou o apito de um trem
Que só acontrce as onze
Sou depois,sou o alem
Um enorme sino de bronze.