Evangelho em versos VII-B
(baseado em Mateus 7)

A bondade de Deus

Pede e recebereis
Procura e achareis
Portas abrem se bateis
O amor experimenteis

Todo o que pede recebe
Todo o que procura encontra
A quem bate a porta abre
Só quem tem Deus o percebe

Acaso um pai dá uma pedra
Ao filho que pede pão?
Ou lhe dará uma cobra
Se pede peixe na mão?

Pois se os maus dão coisas boas
Aos seus filhos que geraram
O teu Pai não fica à toa
Ele dá a quantos peçam

Como queres ser tratado
Trata o outro igualmente
Como foste ensinado
Pois o outro também sente

Os dois caminhos

Entra pela porta estreita
Que leva ao Reino do Céu
A porta larga é uma treita
Que leva pro beleléu

Porta larga dá pro inferno
Ao choro e ranger de dentes
Queimar no fogo eterno
Reservado aos pretendentes

A Porta estreita pra vida
É um caminho difícil
Mas é Deus quem te convida
Não é missão impossível

Os falsos profetas

Olha os falsos profetas
Lobos em pele de ovelha
Fazem a ti muita oferta
Mas sua conversa é velha

As ações os denunciam
Espinheiros não dão uva
Não se cumpre o que anunciam
Se prometem não vem chuva

A urtiga não dá figo
Árvore sã, fruta boa
Cuidado com o inimigo
Vê o que ele apregoa

A árvore que não presta
É cortada e vai pro fogo
Profecia indigesta
É desmascarada logo

Descobre falsos profetas
Pelas coisas que eles fazem
Se sua fala é incerta
E da forma como agem

Quem entra no Reino do Céu

Não basta dizer “Senhor”
Para adentrar no Reino
Não basta qualquer penhor
Não se habilita com treino

Entra quem faz a vontade
Do Pai que no céu está
Não basta falar verdade
Tem que a Cristo imitar

Anunciar a mensagem
E expulsar uns demônios
Não dá a ninguém vantagem
Se este tal é tristonho

Não basta fazer milagre
E ostentar sabedoria
Ácido como vinagre
Se no Senhor não confia

Aos tais o Senhor dirá
Eu nunca vos conheci
Vós vivestes a brincar
Não sois bem vindos aqui

Os dois alicerces

Esses meus ensinamentos
Quem os ouve e pratica
Terá bom entendimento
E sozinho nunca fica

É como o homem sábio
Que fez a casa na rocha
Atacou o vento irado
Mas a casa nem se toca

Vieram chuvas, enchentes
E a casa resistiu
Assim age o prudente
Obedece ao que ouviu

Esses meus ensinamentos
Quem não ouve nem pratica
Sofrerá o banimento
A si mesmo mortifica

Como homem sem juízo
Que fez a casa na areia
E ficou no prejuízo
A chuva vem e passeia

A casa é destruída
O homem fica sem nada
Pra ele não há saída
Tem sua vida arruinada

A autoridade de Jesus

Quando Jesus concluiu
Multidões se admiraram
Ele se sobressaiu
Mestres da lei enciumaram

Jesus tinha autoridade
E vivia a Verdade
Mostrou a fragilidade
Dos mestres da falsidade