O doce lar dos peixes.
Saudade do azul do céu
O cinzento já me enervou
Meu coração faz escarcéu
E a chuva inda não parou.
Acho que vou criar escama
E isso não vai ser muito bom
Tenho medo que apague a chama
E o meu verso tome outro tom.
Vou escrever sobre agua
O doce lar dos peixes
Que pode derreter a magua
E fazer diversos feixes.
De outras coisas que escrevi
e guardar nu fundio da mala
Fazendo de conta que esqueci
E que nada mais me abala.
E quando a chuvarada parar
Quem sabe eu mudo a conversa
E de novo eu volto a rimar
Sobre uma paixão perversa.