Sou um coração que teima.
Eu sou a doce lembrança
Sou o grito da coruja
Sou um coração criança
A pétala que cai e se suja.
Sou um punhal de prata
Sou o silencio de um grito
O barulho de uma cascata
O burburim,o grande agito.
Sou um sino de bronze
De uma velha catedral
Eu sou o trem das onze
Sou um amigo muito leal.
Sou a caneta que escreve
Homenagem a uma flor
Sou quem pede que conserve
Esse meu dom de trovador.
Sou a geada que queima
A singela relva indefesa
Sou um coração que teima
Que em você só tem beleza.