Sou o perfume suave.
Sou a pergunta sem resposta
Sou só uma duvida no ar
A casa de madeira na encosta
O barulho da onda no mar.
Um riacho que serpenteia
Cortando a campina verde
Sou o rastro dela na areia
Um prego velho na parede.
Sou a grama onde o sereno
Cai de mansinho a noite
Um pequeno frasco de veneno
Sou o estalo de um açoite.
Sou o troféu empoeirado
O grito de uma coruja
Um movél em bom estado
Uma poça de agua suja.
Sou o perfume suave
Que lá do jardim exala
Sou a pena de uma ave
Lá no tapete da sala.