Sou o perfume suave.

Sou a pergunta sem resposta

Sou só uma duvida no ar

A casa de madeira na encosta

O barulho da onda no mar.

Um riacho que serpenteia

Cortando a campina verde

Sou o rastro dela na areia

Um prego velho na parede.

Sou a grama onde o sereno

Cai de mansinho a noite

Um pequeno frasco de veneno

Sou o estalo de um açoite.

Sou o troféu empoeirado

O grito de uma coruja

Um movél em bom estado

Uma poça de agua suja.

Sou o perfume suave

Que lá do jardim exala

Sou a pena de uma ave

Lá no tapete da sala.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 30/04/2012
Código do texto: T3642239
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