Colhendo o que plantei.
Vou encerrar minha carreira
E vou embora pro mato
Entre ipês e paineiras
Quero viver no anonimato.
Passarei então dar atenção
Aos passáros e flores nos campos
Ao barulho de um ribeirão
Borboletas abelhas e pirilampos.
E quando a noite chegar
Eu quero deitar na relva
E com carinho observar
A lua iluminando a selva.
Quando amanhecer o dia
Eu pretendo só agradecer
Já que talvez poesia
Eu não vou mais escrever.
Porque sem tempo estarei
Muito ocupado na natureza
Colhendo o que plantei
Por admirar a beleza.