Trabalho escravo, não! Mas para aprender ganhar o pão...

No profundo d’alma aflita

Uma voz mui suplicante

Num esforço grande grita

Pela mão reconfortante.

Ela clama angustiada

Por socorro, por amparo;

Clama querer ser amada...

Esse sentir, hoje raro.

É a alma de criança

Que, sim, pode trabalhar,

Porém com a confiança

De que não vão explorar.

A criança pela rua

Ou brincando em frente a tela

Fica com a mente nua

E talento não revela.

Trabalhei foi desde os dez

E que bom me foi, garanto!

Tive bola nos meus pés

Prancha, skate e outro tanto.

Curti bem adolescência

E até repetiria,

Pois eu aprendi ciência

Em uma metalurgia.

Também aprendi pintar

Automóveis e o sete!

Nunca deixei de brincar!

Fui o clássico pivete!

Criança fui e estudei

Até mais que gostaria.

Nossa como eu brinquei!

Trabalhei parte do dia!

Sou contra o trabalho escravo

Seja de criança ou não.

Vejo fundo porque cavo

Sem qualquer pré-concepção!

Quando fui ser Marinheiro

Já conhecia o inglês

Aprendido por dinheiro

Guiando gringo burguês.

Em Ilhéus sou conhecido

Como um cara de sucesso,

Mas vi colega bandido

Pois o ócio deu-lhe o ingresso.

Cada um opina fino,

Mas eu sou grato ao trabalho

Que me abraçou menino

E eu, de fato, muito valho!

Passo esse ensinamento

Vindo do povo semita

Que controla o movimento

E as normas hoje dita!

Tem judeu pedindo esmola?

Ou já viu um vagabundo?

Essa raça fez escola

E hoje controla esse mundo!

Presidente da FIRJAN

Da FIESP e poderio.

Rotchild é vil. Afã?

Bildeberg lhe é por brio!

Crianças que trabalharam

Desde a mais tenra idade.

Uns ao mundo controlaram

(reconheço ser maldade).

Mas pregar que vídeo game

É melhor que laborar...

Não está aqui quem teime,

Mas prefiro duvidar!

Ronaldo Rhusso

RonaldoRhusso
Enviado por RonaldoRhusso em 15/04/2012
Código do texto: T3613816
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