Sem teto

Ganhei uma vizinha
No alpendre fez seu lar
Sem teto, a pobrezinha
veio comigo morar

De manhã quando desperto
e saio pra espairecer
ao saudá-la, fico esperto
para Deus agadecer

Se agradeço pelo fato
de abrigá-la em meu teto
e por mais esforço que eu faça
pra lhe dar maior afeto
meu coração se embaraça
ao vê-la no ninho, inquieta

Fica tranquila, pombinha
onde mora um, moram dois.
E a prole que se avizinha
levanta voo depois
deixando-me triste e sozinho
de um afeto que já se foi





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Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 04/04/2012
Reeditado em 13/04/2012
Código do texto: T3593636