Saudade Plangente
Hoje me peguei a pensar
Onde é que se escondeu
A felicidade que eu tinha
E o sorriso que foi meu
Assim percorro o passado
Estradas de relva molhada
Flores da branca harmonia
Celeiro de amor e alegria
Ouço no imaginário distante
As brincadeiras das crianças
Os passos dos antepassados
Nos rosários das lembranças
Como em um filme agradável
Desfilam na eterna saudade
Os rostos dos que se foram
Para a mansão da eternidade
As lágrimas fazem nascente
Alma neste pranto inundado
Que busca na insana utopia
Pulsar novamente o existir
Apaga-se as etéreas chamas
Quando a realidade mostra
A dor da amarga melancolia
Do que foi felicidade um dia.
(Ana Stoppa)