Esta manhã, bem cedo, parei debaixo da velhinha macieira que fica numa das extremidades do quintal da casa dos meus pais. Conforme a brisa lhes ia tocando, suas flores, de alvas e delicadas pétalas, caíam na minha mão e no chão, parecendo suaves flocos de neve que deixaram tudo coberto, com um aveludado e branco tapete.
Singelas e perfumadas, são as primeiras flores de árvore de fruto a anunciar o milagre da primavera. No início de fevereiro conseguem fechar a porta do tão triste Inverno para alegrar os dias de quem por aqui passa e sorri ao vê-la coberta de abelhas, borboletas e pardalitos. Quem conhece a flor da macieira, espreita-lhe, ansiosamente, a chegada como se faz com as andorinhas e com o cuco... E nesta linda manhã de primavera, lá longe, ouço o cuco cantar: «cucu... cucu... cucu...»
Alvas e perfumadas flores de macieira, de Portugal, com carinho,
para Ivany Fulini Sversuti
para Ivany Fulini Sversuti
ALVA FLOR DA MACIEIRA
Ó macieira, como és linda,
Tuas flores tão belas e iguais,
Alva de neve, assim florida,
Em teus ramos pulam pardais.
Ana Flor do Lácio
Ó macieira, como és linda,
Tuas flores tão belas e iguais,
Alva de neve, assim florida,
Em teus ramos pulam pardais.
Ana Flor do Lácio