ATÉ QUANDO?
De carro, de caminhão
Com o povo, pés no chão;
Caminhadas, carreatas
Promessas em profusão.
Passado um tempo...
Ah, triste decepção!
Sumiram sem deixar rastros;
Aves de arribação.
O rio fugiu do seu leito,
O jardim empobreceu
A beleza que ele tinha,
Pouco a pouco feneceu.
Como um barco à deriva
Na imensidão do mar,
Sentimos a ingratidão
Como um triste naufragar.
Até quando, como incautos
Ainda vamos sonhar,
Com homens de bom caráter
Para nos representar?