ATÉ QUANDO?

De carro, de caminhão

Com o povo, pés no chão;

Caminhadas, carreatas

Promessas em profusão.

Passado um tempo...

Ah, triste decepção!

Sumiram sem deixar rastros;

Aves de arribação.

O rio fugiu do seu leito,

O jardim empobreceu

A beleza que ele tinha,

Pouco a pouco feneceu.

Como um barco à deriva

Na imensidão do mar,

Sentimos a ingratidão

Como um triste naufragar.

Até quando, como incautos

Ainda vamos sonhar,

Com homens de bom caráter

Para nos representar?

Eva Gomes de Oliveira
Enviado por Eva Gomes de Oliveira em 23/02/2012
Reeditado em 23/02/2012
Código do texto: T3515318
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