Um nome escrito na areia.
Sou a folha da parreira
Que ao vento se entregou
Sou a batida da porteira
Que um coração despertou.
Sou a pena de um pardal
O catar de uma siriema
Sou o escuro do temporar
Sou simplesmente um dilema.
Sou a conversa animada
Na mesa do café da manhã
Sou a curva de uma estrada
A singela flor da romã.
Um inseto preso na teia
O vestido verde e bonito
Sou u nome escrito na areia
Sou o silencio de um grito.
Sou a forte enxurrada
Da chuva que caiu a tarde
Sou a saudade malvada
Que o teu peito invade.