Sou um belo par da asas.
Sou a alça do caixão
Que leva a saudade dentro
De toda a tua atenção
Eu queria ser o cento.
Sou o uivo de lobo
A lua homenageando
Sou um coração meio bobo
Que nasceu e vive amando.
Sou a caneta que rabisca
O que eu chamo de verso
Sou aquele que nunca explica
Se me apertar eu desconverso.
Sou um belo par de asas
De uma borboleta errante
Sou um coração em brasas
Por um belissimo semblante.
Sou a geada que queima
Toda a relva e a bananeira
Eu sou a própria teima
Sou a paixão verdadeira.