Uma duzia de rosas amarelas.
Eu sou o fio da navalha
O cheiro da terra molhada
A sombra do chapéu de palha
O romantismo da lua prateada.
Sou a caneta que escreve
O singelo verso pra ela
Sou um poeta que deve
Uma duzia de rosas amarelas.
Sou o brilho de uma luz
Norteando um andante
Sou a submissão,sou a cruz
Sou um trovador elegante.
Sou a curva da estrada
O papel branco na mesa
Sou o frio da madrugada
O amante nato da beleza.
Sou um pequeno quati
Que mora no sitio da serra
Sou o lá e suo o aqui
A grama que cobre a terra.