Papel amassado.

Encontrei um papel amassado

Em un cantinho jogado

E um belo verso trovado

Eu decidi escrever

Então comecei rabiscar

Sem em nada imaginar

Nem senti o tempo passar

E só no final que fui ver.

Comecei querer dar sentido

Em retalhos de amor esquecido

No fundo da memória adormecido

E até a minha infancia então eu voltei

O papel se tornou a estrada florida

Da velha fazenda por mim tão querida

A modesta escolinha época divertida

E ninguem imagina quem lá encontrei.

Os olhos azuis da italianinha

Que amei e sonhava um dia ser minha

Os amigos queridos e a professorinha

Que me ensinou a primeira lição

O lindo jardim que mamãe cultivava

O banco da varanda tambem me esperava

Lugar preferido que a vovó tricotava

Alegre a cantar uma doce canção.

Nesse momento senti o meu rosto molhado

Uma lagrima que caia no papel amassado

Já todo preenchido com um sonho encantado

E as letras mostravam o que é uma saudade

Da meiguice da infancia que longe ficou

De pessoas queridas que em minha vida passou

De um amor de criança que não vingou

Mas porem foi um tempo de muita felicidade

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 11/01/2007
Código do texto: T343150
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