Um verso preso na mente.
Sou um acorde da viola
O revoar de uma andorinha
Uma canção que consola
A curva de uma estradinha.
Sou a prata de um luar
Que vem fazer compania
E com carinho observar
O nascimento da poesia.
Sou um belo amanhecer
Radiante com muito brilho
Uma coruja no anoitecer
Sou uma palha de milho.
Sou o barulho estridente
De uma agil tempestade
Um verso preso na mente
E a dureza da realidade.
Sou a letra do teclado
Um simples risco de tinta
Um trovador apaixonado
O zero do numero trinta.