Sou a piada sem nexo.

Eu sou a folha caida

Uma abelha apressada

A lágrima da despedida

A prata da lua espalhada.

Sou a batida da porteira

E o canto de um sabiá

A flor singela da paineira

O mel escuro do arapuá.

Sou a piada sem nexo

A risada estravagante

O emaranhado conplexo

De uma imagem distante.

Da geada eu sou o frio

E do sol sou o calor

Um demente desafio

Um pacato trovador.

Sou um pequeno vagalume

Verdinho na escuridão

Sou a sequela do ciume

Que judia do coração.

Pedro Nogueira
Enviado por Pedro Nogueira em 20/12/2011
Reeditado em 20/12/2011
Código do texto: T3397719
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