Sou a piada sem nexo.
Eu sou a folha caida
Uma abelha apressada
A lágrima da despedida
A prata da lua espalhada.
Sou a batida da porteira
E o canto de um sabiá
A flor singela da paineira
O mel escuro do arapuá.
Sou a piada sem nexo
A risada estravagante
O emaranhado conplexo
De uma imagem distante.
Da geada eu sou o frio
E do sol sou o calor
Um demente desafio
Um pacato trovador.
Sou um pequeno vagalume
Verdinho na escuridão
Sou a sequela do ciume
Que judia do coração.